segunda-feira, 10 de junho de 2013

Resumo: Atos dos apóstolos



  O livro de Atos é o único livro histórico do NT, fala sobre o início da igreja e a ação do Espírito Santo na igreja e através dela. Lucas, o autor de Atos, inicia falando sobre a promessa do Pai (At 1:4-5,8 ; Lc 24:49) e a ascensão de Jesus; logo após, os discípulos reuniram-se no cenáculo onde ocorre a escolha apostólica de Matias.
  No capítulo 2 ‘‘todos foram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas’’, a partir daí deu-se início a igreja. Pedro, cheio do Espírito Santo, levanta sua voz e começa a pregar sobre o poder de Deus e a salvação, naquele dia quase três mil pessoas aceitaram a Jesus. Os versículos seguintes (At 42-47) retratam o modo de vida da igreja, destacando a perseverança dos irmãos no templo.
  Jesus disse ‘‘e estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome... imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão’’. Pedro e João iam ao templo orar, encontraram com um coxo e foram usados para cura-lo, todo povo o viu andar e o nome do Senhor foi glorificado. A multidão pasmada seguia a Pedro e João, que aproveitaram e fizeram o que o Mestre lhes ordenou (Mc 16:15).
  À medida que anunciavam em Jesus a ressurreição dos mortos, sobrevieram os judeus e os encerraram na prisão até ao dia seguinte. Noutro dia, eles foram interrogados acerca da cura feita ao coxo, mais uma vez anunciaram o que Jesus faz: salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva o homem para o céu. Foram ameaçados para que não proclamassem o Caminho, mas não temeram e prosseguiram anunciando com ousadia a palavra de Deus.
  A igreja primitiva é um exemplo de comunhão com Deus e entre os irmãos; a ponto de ser ‘‘um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns’’. Entretanto, Ananias e Safira deram lugar ao diabo, venderam uma propriedade e retiveram parte do preço. Eles tentaram a Deus e por isso expiraram, Deus mostrou que não se deixa escarnecer (Gl 6:7-8).
  O evangelho crescia e muitos prodígios eram feitos através dos apóstolos (At 5:1-14), e das cercanias de Jerusalém traziam doentes e endemoniados com o intuito de serem curados. Os judeus, cheios de inveja, prenderam os apóstolos; mas um anjo os livrou da prisão e ordenou que fossem ao templo pregar. Durante a pregação foram interrompidos e apresentados diante do conselho, onde foram admoestados que não ensinassem o nome do Salvador.
  Os discípulos retiraram-se da presença do conselho, alegres pelas perseguições sofridas em razão do evangelho. O capítulo 6 fala sobre a instituição do diaconato, devido uma dissensão entre gregos e hebreus. Houve então a 1ª reunião de membros (At 6:2-6) e a eleição dos sete diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, Nicolau e Estevão.
  Estevão destacou-se entre os demais diáconos, pois pregava a palavra com fé e poder, demonstrando que Jesus é o Senhor. Como não podiam resistir ao Espírito, caluniaram-no e levaram-no até ao conselho, a fim de calar sua voz. Ao invés de defender-se expôs as Escrituras, os judeus tomados de ira apedrejaram a Estevão, consequentemente morreu e tornou-se o 1º mártir cristão.
  O sangue de Estevão caiu no chão como uma semente, levando muitos ao conhecimento da verdade, inclusive o perseguidor Saulo. Uma grande perseguição levantou-se contra a igreja, ‘‘mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra’’. Ficou provado que quanto  mais a igreja é perseguida, mais ela se espalha e alcança os confins da terra; já dizia Tertuliano: O sangue do mártires é a semente da igreja.
  A porta do inferno não deteve a igreja e a mensagem ultrapassou as fronteiras israelenses, chegando até Samaria. O diácono Filipe pregava a Cristo com graça e conhecimento, os enfermos eram curados e os demônios eram expulsos, aquela cidade estava desfrutando grande alegria
  Muitos em Samaria creram na pregação de Filipe, por isso Pedro e João foram enviados para cooperar na obra. Havia ali um mágico por nome Simão que se converteu ao Senhor, e vendo o poder de queria compra-lo, mas o dom de Deus vem pela graça. Ele saiu de Samaria e anunciou as boas-novas a um eunuco etíope, este creu e foi batizado por Filipe, logo após foi arrebatado até Azoto.
  O capítulo 9 fala sobre a conversão de Saulo (ou Paulo), o principal perseguidor da igreja, ele teve um encontro com Jesus perto de Damasco. Ficou três dias sem ver e sem comer, até quando Deus enviou Ananias para orar por ele; este impôs-lhes as mãos e disse: Irmão Saulo, em nome de Jesus, tornes a ver e seja cheio do Espirito Santo. Imediatamente passou a ver e foi batizado.
  Após a conversão Saulo virou o principal pregador do evangelho, sofreu várias perseguições, mas continuou pregando até o fim da sua carreira. Deus é imutável (Hb 13:8), ainda hoje transforma e capacita homens para realizar sua obra. O capítulo encerra falando sobre a cura de Enéias e a ressurreição de Dorcas, efetuados por intermédio de Pedro.
  O capítulo 10 expõe uma grande verdade: Deus não faz acepção de pessoas. Existia em Cesaréia um centurião por nome Cornélio, que perseverava em orar a Deus e dava muitas esmolas ao povo. Enquanto orava recebeu uma ordem divina: Que chamasse a Pedro a fim de ouvir como deveria proceder e agradar a Deus.
  O apóstolo Pedro estava em oração quando foi arrebatado em espírito, e recebeu uma visão maravilhosa: um lençol cheio de animais imundos descia e uma voz lhe dizia para que os comesse. Terminando de orar, três varões vieram leva-lo até a casa de Cornélio, onde deveria anunciar o e evangelho. Ao chegar, Pedro contou a revelação de Deus e anunciou a salvação; O Altíssimo confirmou batizando os gentios com o Espírito Santo.
  Passados alguns dias, Pedro foi a Jerusalém justificar-se perante a igreja por haver pregado e batizado gentios. Ficou claro que a salvação é universal (Jo 3:16) e alcançada mediante a fé no Filho de Deus, não mais por obras de lei. Afinal, Jesus derrubou a parede da separação, e fez de judeus e gentios (não judeus) um só povo: A sua Noiva (Ef 2:12-14).
  O cristianismo se expandiu entre os gentios e chegou a Antioquia, onde muitos creram e se converteram, e isto chegou ao conhecimento da igreja em Jerusalém. Barnabé e Saulo foram enviados a Antioquia com o intuito de auxiliar e confirmar os discípulos. Nesta cidade os discípulos receberam o nome de cristãos, mostrando claramente a separação entre o judaísmo e cristianismo.   
  O progresso do Reino de Deus estava incomodando o rei Herodes, que ‘‘estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar; e matou à espada Tiago’’ e também prendeu a Pedro. Mas a igreja orava incessantemente pela sua libertação, e Deus ouviu, enviou um anjo para libertar Pedro. Após esse milagre, Herodes ainda não se arrependeu; o Senhor estendeu as suas mãos e enviou um anjo a fim de mata-lo.
  Enquanto isso a igreja em Antioquia, prosperava sob a direção de Barnabé e Saulo e manifestação da virtude de Deus. Um dia o Espírito Santo chamou a Barnabé e Saulo para o trabalho missionário; todo povo de Deus jejuou e orou, e os ministros impuseram as mãos sobre eles e os enviaram.
  Barnabé e Paulo anunciaram o Caminho em Salamina, Pafos, Perge da Panfília, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Ao final da missão retornaram a Antioquia, e contaram os milagres feitos através deles e como Deus abrira aos gentios a porta da fé. Permaneceram em Antioquia muitos dias e depois seguiram até Jerusalém.
  Os apóstolos e todos anciãos congregaram-se para discutirem acerca da fé, doutrinas e costumes mosaicos; foi realizada a 1ª AGO. Os preletores (Pedro, Barnabé, Paulo e Tiago) relataram o que Deus realizou entre os gentios através da pregação da fé, demonstrando que a lei não tinha mais validade no Novo Testamento. Os líderes da igreja chegaram a conclusão que os gentios não deveriam aderir os costumes mosaicos, senão isto: Abstenção de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e imoralidade sexual.
  Os capítulos seguintes (At 15:36-28:31) descrevem as viagens missionárias de Paulo em direção à Ásia (At 15:36-16:8), à Europa (At 16:12-18:18), à Antioquia e Macedônia (At 18:23-20:3), à Filipos e Jerusalém (At 20:6-21:17); as suas prisões e desenvolvimento do cristianismo em Roma (At 22-28).
  Os atos dos apóstolos encerraram, mas os atos do Espírito Santo ainda são os mesmos, o Senhor nos revestiu de poder para evangelizar e ninguém pode impedir. Os crentes primitivos em suas pregações enfatizavam a salvação; e se nós pregarmos esta mesma mensagem, O Todo Poderoso derramará a sua unção e muitos prodígios vão acontecer. Amém!

Meu trabalho de História de Igreja (Profº Fábio Xavier, ITEPAMM), feito em 18\4\2013.

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