O livro de Atos é o único livro histórico do
NT, fala sobre o início da igreja e a ação do Espírito Santo na igreja e através
dela. Lucas, o autor de Atos, inicia falando sobre a promessa do Pai (At
1:4-5,8 ; Lc 24:49) e a ascensão de Jesus; logo após, os discípulos reuniram-se
no cenáculo onde ocorre a escolha apostólica de Matias.
No capítulo 2 ‘‘todos foram cheios do Espírito
Santo e passaram a falar em outras línguas’’, a partir daí deu-se início a
igreja. Pedro, cheio do Espírito Santo, levanta sua voz e começa a pregar sobre
o poder de Deus e a salvação, naquele dia quase três mil pessoas aceitaram a
Jesus. Os versículos seguintes (At 42-47) retratam o modo de vida da igreja,
destacando a perseverança dos irmãos no templo.
Jesus disse ‘‘e estes sinais seguirão aos que
crerem: Em meu nome... imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão’’. Pedro
e João iam ao templo orar, encontraram com um coxo e foram usados para cura-lo,
todo povo o viu andar e o nome do Senhor foi glorificado. A multidão pasmada
seguia a Pedro e João, que aproveitaram e fizeram o que o Mestre lhes ordenou
(Mc 16:15).
À medida que anunciavam em Jesus a ressurreição
dos mortos, sobrevieram os judeus e os encerraram na prisão até ao dia
seguinte. Noutro dia, eles foram interrogados acerca da cura feita ao coxo,
mais uma vez anunciaram o que Jesus faz: salva, cura, batiza com o Espírito
Santo e leva o homem para o céu. Foram ameaçados para que não proclamassem o Caminho,
mas não temeram e prosseguiram anunciando com ousadia a palavra de Deus.
A igreja primitiva é um exemplo de comunhão
com Deus e entre os irmãos; a ponto de ser ‘‘um o coração e a alma da multidão
dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do possuía era sua própria, mas
todas as coisas lhes eram comuns’’. Entretanto, Ananias e Safira deram lugar ao
diabo, venderam uma propriedade e retiveram parte do preço. Eles tentaram a
Deus e por isso expiraram, Deus mostrou que não se deixa escarnecer (Gl 6:7-8).
O evangelho crescia e muitos prodígios eram
feitos através dos apóstolos (At 5:1-14), e das cercanias de Jerusalém traziam
doentes e endemoniados com o intuito de serem curados. Os judeus, cheios de
inveja, prenderam os apóstolos; mas um anjo os livrou da prisão e ordenou que
fossem ao templo pregar. Durante a pregação foram interrompidos e apresentados
diante do conselho, onde foram admoestados que não ensinassem o nome do
Salvador.
Os discípulos retiraram-se da presença do
conselho, alegres pelas perseguições sofridas em razão do evangelho. O capítulo
6 fala sobre a instituição do diaconato, devido uma dissensão entre gregos e
hebreus. Houve então a 1ª reunião de membros (At 6:2-6) e a eleição dos sete
diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas, Nicolau e Estevão.
Estevão destacou-se entre os demais diáconos,
pois pregava a palavra com fé e poder, demonstrando que Jesus é o Senhor. Como
não podiam resistir ao Espírito, caluniaram-no e levaram-no até ao conselho, a
fim de calar sua voz. Ao invés de defender-se expôs as Escrituras, os judeus
tomados de ira apedrejaram a Estevão, consequentemente morreu e tornou-se o 1º
mártir cristão.
O sangue de Estevão caiu no chão como uma
semente, levando muitos ao conhecimento da verdade, inclusive o perseguidor
Saulo. Uma grande perseguição levantou-se contra a igreja, ‘‘mas os que andavam
dispersos iam por toda parte anunciando a palavra’’. Ficou provado que
quanto mais a igreja é perseguida, mais
ela se espalha e alcança os confins da terra; já dizia Tertuliano: O sangue do
mártires é a semente da igreja.
A porta do inferno não deteve a igreja e a
mensagem ultrapassou as fronteiras israelenses, chegando até Samaria. O diácono
Filipe pregava a Cristo com graça e conhecimento, os enfermos eram curados e os
demônios eram expulsos, aquela cidade estava desfrutando grande alegria
Muitos em Samaria creram na pregação de
Filipe, por isso Pedro e João foram enviados para cooperar na obra. Havia ali
um mágico por nome Simão que se converteu ao Senhor, e vendo o poder de queria
compra-lo, mas o dom de Deus vem pela graça. Ele saiu de Samaria e anunciou as
boas-novas a um eunuco etíope, este creu e foi batizado por Filipe, logo após
foi arrebatado até Azoto.
O capítulo 9 fala sobre a conversão de Saulo
(ou Paulo), o principal perseguidor da igreja, ele teve um encontro com Jesus
perto de Damasco. Ficou três dias sem ver e sem comer, até quando Deus enviou Ananias
para orar por ele; este impôs-lhes as mãos e disse: Irmão Saulo, em nome de
Jesus, tornes a ver e seja cheio do Espirito Santo. Imediatamente passou a ver
e foi batizado.
Após a conversão Saulo virou o principal
pregador do evangelho, sofreu várias perseguições, mas continuou pregando até o
fim da sua carreira. Deus é imutável (Hb 13:8), ainda hoje transforma e
capacita homens para realizar sua obra. O capítulo encerra falando sobre a cura
de Enéias e a ressurreição de Dorcas, efetuados por intermédio de Pedro.
O capítulo 10 expõe uma grande verdade: Deus
não faz acepção de pessoas. Existia em Cesaréia um centurião por nome Cornélio,
que perseverava em orar a Deus e dava muitas esmolas ao povo. Enquanto orava
recebeu uma ordem divina: Que chamasse a Pedro a fim de ouvir como deveria
proceder e agradar a Deus.
O apóstolo Pedro estava em oração quando foi
arrebatado em espírito, e recebeu uma visão maravilhosa: um lençol cheio de
animais imundos descia e uma voz lhe dizia para que os comesse. Terminando de
orar, três varões vieram leva-lo até a casa de Cornélio, onde deveria anunciar
o e evangelho. Ao chegar, Pedro contou a revelação de Deus e anunciou a
salvação; O Altíssimo confirmou batizando os gentios com o Espírito Santo.
Passados alguns dias, Pedro foi a Jerusalém
justificar-se perante a igreja por haver pregado e batizado gentios. Ficou
claro que a salvação é universal (Jo 3:16) e alcançada mediante a fé no Filho
de Deus, não mais por obras de lei. Afinal, Jesus derrubou a parede da separação,
e fez de judeus e gentios (não judeus) um só povo: A sua Noiva (Ef 2:12-14).
O cristianismo se expandiu entre os gentios e
chegou a Antioquia, onde muitos creram e se converteram, e isto chegou ao
conhecimento da igreja em Jerusalém. Barnabé e Saulo foram enviados a Antioquia
com o intuito de auxiliar e confirmar os discípulos. Nesta cidade os discípulos
receberam o nome de cristãos, mostrando claramente a separação entre o judaísmo
e cristianismo.
O progresso do Reino de Deus estava
incomodando o rei Herodes, que ‘‘estendeu as mãos sobre alguns da igreja para
os maltratar; e matou à espada Tiago’’ e também prendeu a Pedro. Mas a igreja
orava incessantemente pela sua libertação, e Deus ouviu, enviou um anjo para
libertar Pedro. Após esse milagre, Herodes ainda não se arrependeu; o Senhor
estendeu as suas mãos e enviou um anjo a fim de mata-lo.
Enquanto isso a igreja em Antioquia,
prosperava sob a direção de Barnabé e Saulo e manifestação da virtude de Deus.
Um dia o Espírito Santo chamou a Barnabé e Saulo para o trabalho missionário;
todo povo de Deus jejuou e orou, e os ministros impuseram as mãos sobre eles e
os enviaram.
Barnabé e Paulo anunciaram o Caminho em
Salamina, Pafos, Perge da Panfília, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e
Derbe. Ao final da missão retornaram a Antioquia, e contaram os milagres feitos
através deles e como Deus abrira aos gentios a porta da fé. Permaneceram em
Antioquia muitos dias e depois seguiram até Jerusalém.
Os apóstolos e todos anciãos congregaram-se
para discutirem acerca da fé, doutrinas e costumes mosaicos; foi realizada a 1ª
AGO. Os preletores (Pedro, Barnabé, Paulo e Tiago) relataram o que Deus
realizou entre os gentios através da pregação da fé, demonstrando que a lei não
tinha mais validade no Novo Testamento. Os líderes da igreja chegaram a
conclusão que os gentios não deveriam aderir os costumes mosaicos, senão isto:
Abstenção de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e
imoralidade sexual.
Os capítulos seguintes (At 15:36-28:31)
descrevem as viagens missionárias de Paulo em direção à Ásia (At 15:36-16:8), à
Europa (At 16:12-18:18), à Antioquia e Macedônia (At 18:23-20:3), à Filipos e
Jerusalém (At 20:6-21:17); as suas prisões e desenvolvimento do cristianismo em
Roma (At 22-28).
Os atos dos apóstolos encerraram, mas os atos
do Espírito Santo ainda são os mesmos, o Senhor nos revestiu de poder para
evangelizar e ninguém pode impedir. Os crentes primitivos em suas pregações
enfatizavam a salvação; e se nós pregarmos esta mesma mensagem, O Todo Poderoso
derramará a sua unção e muitos prodígios vão acontecer. Amém!
Meu trabalho de História de Igreja (Profº Fábio Xavier, ITEPAMM), feito em 18\4\2013.
Mas nesse resumo não fala sobre as línguas repartidas em fogo
ResponderExcluirMuito obrigada por este post!!!
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